José Murilo de Carvalho
José Murilo de Carvalho é um dos
mais importantes Historiadores brasileiros.
Nascido
no dia 8 de setembro de 1939 na cidade de
Piedade do Rio Grande, José Murilo de Carvalho saiu do
interior de Minas Gerais para desenvolver uma grande carreira científica e
acadêmica. Na década de 1960, formou-se em Sociologia e Política pela
Universidade Federal de Minas Gerais, daí em diante, continuou sua formação
fora do Brasil. Na década de 1970, foi para os Estados Unidos desenvolver os
estudos do Mestrado e do Doutorado em Ciência Política na
Universidade de Stanford, na Califórnia. No mesmo lugar, fez seu primeiro
Pós-Doutorado, sendo o primeiro curso especificamente na área de História.
Com uma sólida formação
científica, José Murilo de Carvalho destacou-se no meio acadêmico nacional e
internacional e atuou profissionalmente em várias universidades, como:
Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto Universitário de Pesquisa do
Rio de Janeiro, Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Universidade de Londres (ING), Universidade da Califórnia (EUA),
Universidade de Leiden (HOL), Universidade de Notre Dame (FRA) e Universidade
de Stanford (ING). Além de atuar também como pesquisador pela Fundação Rui Barbosa,
Fundação Getúlio Vargas, The Institute for Advanced Study (EUA), Maison des
Sciences de l’Homme (FRA) e pelo Centre d’Etude de Mouvements Sociaux (FRA).
José Murilo de Carvalho apresenta
uma grande produção científica. Como pesquisador da História do Brasil, o
Historiador busca interpretar a dinâmica conflituosa do imaginário
político-social lançando mão, além das fontes tradicionais, de um vasto
material cultural, como imagens plásticas, música, literatura e charges.
Mantém-se sempre perto das questões de nação, cidadania, justiça e liberdade.
Entre os diversos livros e
artigos publicados pelo Historiador, destacam-se as obras A Formação
das Almas (1990), na qual aborda o impacto da República na formação do
imaginário popular, e A Cidadania no Brasil (2001), onde traça
um longo percurso de como se deu a construção da cidadania no país. O primeiro
livro lhe rendeu os prêmios Jabuti eBanorte de Cultura
Brasileira, ambos em 1991. E, com o segundo livro, recebeu o prêmio Casa
de las Américas. Além desses, recebeu o prêmio de Melhor Livro de
Ciências Sociais, em 1987, pela obra Os Bestializados (1987).
Entre diversos outros prêmios, destacam-se também as medalhas de Oficial (1989)
e Comendador da Ordem do Rio Branco (1991) ofertadas pelo Itamaraty.
José
Murilo de Carvalho, junto com Celso Lafer, é o único brasileiro a fazer parte da Academia Brasileira de Letras e
da Academia Brasileira de Ciências,
ao mesmo tempo. O Historiador foi recompensado pela maestria de suas obras
ocupando a cadeira de Rachel de
Queiroz na Academia Brasileira de Letras, a partir do dia 10 de
setembro de 2004. É um dos mais notáveis intelectuais brasileiros de todos os
tempos.
Fonte:
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=116
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=116
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Machado de Assis
Machado de Assis era miope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas, foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de descanso em Nova Friburgo. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance para a esposa, Carolina (Carolina Augusta Xavier de Novaes). A Carolina
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.
Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa separados.
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.
amigosdolivro@amigosdolivro.com.br
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